Precisamos aprender a saborear as palavras, os momentos, as pessoas como quem deglute um doce vinho lentamente, deixando a bebida entranhar em toda a boca.
Como deixamos derreter um pequeno chocolate debaixo da língua até seu gosto ficar impregnado.
Precisamos ouvir mais antes de falar.
Acalmar a respiração.
Sentir o gosto da comida.
Sentir o frescor do banho e ler duas ou três vezes o mesmo parágrafo só pela alegria de entender melhor uma ideia aparentemente muito complicada.
É preciso demorar-se nos momentos, nas sensações, prolongar o prazer, retardar o êxtase, se deliciar com a espera, com o meio, com o processo.
É preciso degustar a vida como quem prova uma rica iguaria, pois a vida é única e mesmo o seu lado trágico tem a sua poesia.
E nenhuma poesia que se preze pode ser realmente absorvida no estilo fast-food da nossa rotina."
Extraído do texto"sobre a arte de degustar a vida" Obvius magazine
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